sexta-feira, 29 de novembro de 2013

As mulheres da minha vida


Estas são as mulheres da minha vida!
A mulher que me trouxe ao mundo e a mulher que eu trouxe ao mundo!
A mulher que vejo como exemplo a seguir e que quero que veja de igual modo!
As mulheres que mais me ensinam, as que mais me amam, as que mais amo!
As mulheres que todos os dias me fazem acreditar que vale a pena viver!
A mulher que manteve sempre um sorriso e a mulher que me faz sorrir todos os dias!
Não se chegaram a conhecer... 
Talvez esta semelhança entre as duas tenha sido a forma de Deus encontrou para as tornar mais próximas.
Sou mais mulher por as ter comigo, por serem minhas e por ser delas!
É com um orgulhoso amor que vos digo: estas são as mulheres da minha vida <3


terça-feira, 26 de novembro de 2013

Um esboço...

Um esboço...
É o que sinto que sou.
Tudo começa com uma linha ténue, quase a medo.
O colo, o peito, o quente do amor, vão tornando o traço mais carregado, dia após dia.
Um traço que já se senta, que já põe os pés no chão e ousa caminhar, que se vai tornando mais e mais independente, de maiores riscos, de desajeitados rabiscos, de tímidos traçados...toma o seu próprio lápis, toma conta do seu próprio esboço.
Incapaz de se completar sozinho, este meu esboço carece da ajuda de outras mãos, outras mentes criativas, umas sensatas, outras doidas de todo!
Carece de borrachas que apaguem para que desenhe tudo de novo!
Carece que segure o papel, para evitar desvios, desníveis, desatinos...
Um esboço mais e mais independente mas sempre de olhos postos nos traços do mundo, das pessoas, dos abraços...Incapaz de ser completo estando sozinho!
Um desenho inacabado! Cada dia um novo traço, um novo rabisco!
Mesmo os erros, os traços que a borracha apaga, deixam marca no papel.
São marcas ajudam ao desenho, à vida, ao esboço...
Um esboço...
É o que sinto que sou.
Tudo começa com uma linha ténue, quase a medo.

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

“Não é bom que o Homem esteja só”

Algures no livro do Génesis, logo o primeiro da Bíblia, está escrito: “não é bom que o Homem esteja só”
Ao longo da vida conhecemos muita gente, temos muitos amigos, eventualmente muitas paixões.
Amamos sem ser correspondidos, amaram-nos sem que correspondamos, namoriscamos… mas há um dia em que o amor fala de forma diferente!
Não sei se são os olhos, o toque, as conversas ou os silêncios. Não sei!
Se me perguntarem porque creio em Deus não saberei explicar. A fé sente-se tão intimamente que dificilmente se conseguirá descrever de uma forma objectiva.
Assim é o amor: porque amo este e não aquele? O que tem ele de diferente?
Explica-se?
Não procuro explicações! Sei que algo se passa no nosso íntimo e vivenciamos a cumplicidade, dias muito bons, dias mais difíceis, dias de beijos, dias mais distantes… Dias reais, no fundo!
Sem perder a nossa individualidade, sem anularmos a nossa pessoa, continuando a ser dois indivíduos, somos um casal. Somos um!
A nossa felicidade passa pela felicidade do outro, partilhamos as angústias e as conquistas, partilhamos a cama, a mesa.
Manter a chama, relembrar o “sim” que um dia quisemos dizer e vivê-lo. Vivê-lo naturalmente, sem forçar, sem impor! Vivê-lo de verdade!
 

(in Março 2009)

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Um doce chamado Ritmus


 

Sem maquilhagem nem calças brilhantes. Nós: simples, parceiras, verdadeiras!
A propósito do nosso entusiasmo no Portugal Gym, em Junho passado em Guimarães, alguém disse que parecíamos uma criança a quem deram um doce. Mas não, não nos deram um doce! Fomos nós que o criámos! Um doce chamado Ritmus!
Sem falsas modéstias, esta familia deixa marca por onde passa. Não só pelas atuações que divertem e surpreendem o publico mas também pela boa energia que emana!
Poucas horas de sono, colchões de parquet, Kms nas pernas, personalidades vincadas, rir até doer a barriga...dificilmente algo nos para!
Mesmo quando lá fora a chuva não dá tréguas, trocamos as pantufas pelas sapatilhas e adiamos o quentinho dos lençois para depois do treino. Amor à arte, amor proprio, amor... o que fazemos por amor, traz luz e calor ao coração, mesmo numa noite escura, fria e chuvosa.
"O tempo envelhece depressa" era o titulo do livro que há dias uma senhora lia à minha frente no comboio. De facto, a vida é tão rápida! Aproveitemos o bom que a vida oferece antes que o tempo a envelheça demais sem darmos conta.
Na Ritmus podíamos até ser atinadas, pacificas, calmas e sossegadas, mas não estaríamos a ser autenticas! E esta, meus amigos, é só mais uma das faceta que nos torna mulheres de fibra e um grupo tão especial! :)

Aldeia do Meio

A minha Aldeia do Meio...

É difícil saber há quantos anos existe. Encontramos a sua história em gerações e gerações.
A Capela da Sra. da Conceição ergue-se ao cimo da aldeia como que tomando conta do casario semeado na encosta. Ao fundo, corre o ribeiro, tímido mas refrescante para as hortas que o acompanham nas margens.
Durante o ano, os habitantes são poucos, mas no Verão chegam os filhos, os netos, os bisnetos, os amigos e a aldeia povoa-se de correrias e gargalhadas.
Apesar de se ter verificado uma migração da população, principalmente para Lisboa, as raízes nunca foram esquecidas e o amor pela terra é quase genético, passa de pais para filhos e mesmo os que não nasceram na terra a amam como se fosse sua.

As Aldeias têm fama
As Aldeias fama têm
As Aldeias têm fama
De cantar e dançar bem

Não há baile em que não seja cantada esta quadra, porque aqui a fama vem acompanhada do proveito. Guitarras, harmonios e concertinas acompanham vozes no fado, no vira, nas modas valsadas e todos dançam ao ritmo. Tanta energia vem da chanfana e das filhós, regadas com o bom vinho da terra que se apresentam nas mesas nesses dias.
A festa faz-se por todas as casas e o encontro acontece na mais central: a Casa do Povo, o ponto de encontro por excelência!
Só que o pé sente falta da dança e as vozes dos acordes dos instrumentos para estar um ano à espera da próxima festa. Por isso, desde sempre se fizeram bailes noutras alturas e o povo juntava-se no meio do lugar, nos sobrados das casa e a festa acontecia. Ainda hoje acontece! Os moldes serão diferentes, mas acontece!
Aldeia do Meio: alegre e aconchegante! É bom ser daqui!

(texto escrito inicialmente para o site aldeiadomeio.com)

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Adapta-se ao seu pequeno mundo

Não tenho bem a certeza de que o seu mundo seja pequeno.
Aliás, até acho que de tão grande que é, se perde em viagens e sonhos realizados e por realizar. Até se assusta com a dificuldade que tem em pôr os pés no chão! E tudo porque o seu pequeno mundo é tão grande quanto a sua imaginação consegue imaginar.
Às vezes trabalha num escritório, obedecendo a um rígido dress-code.
Outras vezes é actriz, cantora, faz da arte a sua vida.
Outras vezes… esconde-se e não se deixa ver.
Quando é a profissional responsável e credível, parte de si  canta à espreita por uma nesga das horas, procurando o palco, as luzes, o brilho. Logo a actriz finge não dar por isso e o trabalho continua, ora de cores garridas, ora cinzento. Adapta-se vezes sem conta durante o seu dia!
De volta a casa, vai trocando a roupagem mental para chegar como mãe e esposa. Os sorrisos, o som das vozes a dizer “mãe”, o quente dos abraços… mas também as birras e as teimosias e as suas birras e as suas teimosias! É dose! Mas é único e de um sabor que se sente intensamente. AMA-OS!
O seu pequeno grande mundo tem cor e sol quase sempre. Quando sente que a luz se esvai, tira o telhado, abre a janela, a porta – deixa entrar a cor, a luz e o ar.
O seu pequeno grande mundo também tem dias impenetráveis, difíceis de entender. Até para si! Fecha tudo lá dentro e vai desfazendo nó após nó o seu fio condutor, abrindo-se aos poucos mas sem nunca chegar à plenitude.
Tem pensamentos só seus, faz viagens só de sonhos.
Não consegue dar tudo! É demasiado seu! Fica consigo.
É assim que é, na complexidade do seu pequeno mundo.

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Os e-amigos



É engraçado... em menos de nada esta máquina tornou-se um ponto de encontro.
Contactamos os que estão perto e os que estão longe, os que conhecemos e os que talvez não, os entendidos em IT e outros que nem sabem o que isso é. Contactamos muita gente!
Quantas vezes se ouve dizer "Fulano é meu amigo na net"? Na net!
Agora pergunto: será que esta net, esta rede, nos consegue apanhar as emoções? Como fica a relação pessoal? o toque? o sorriso? o aperto de mão? o beijar da face? Sim, é muito melhor o gosto de beijar na face do que no "Face"!

A linguagem mudou por conta desta máquina mas o sentimento... ah! é obrigatório que o sentimento seja real e não virtual!
Eu gosto de ter "e-amigos" mas tenho de confessar que prefiro os olhos nos olhos, os cheiros e as cores da presença física.

(escrito em Abril de 2009)

“Aqui estou eu: Sou uma folha de papel vazia” (in "Perfeito vazio" by Xutos & Pontapés)


Diz-se que numa vida se deve plantar uma árvore, ter um filho e escrever um livro.
Ora... Façamos um balanço das façanhas conseguidas:
  • Árvore – ok
  • Filho – filho e filha – ok
  • Livro – um com poemas no 8º ano, vários textos soltos e espalhados por aí. Conta como livro?
Desde que me lembro que gosto de passar pensamentos para o papel.

Há um tempo recebi um livrinho de folhas brancas, com uma apelativa capa vermelha e uma palavra: “Adapta-te”.  Dei-me conta de que o verbo "adaptar" será dos que mais pomos em prática ao longo da vida. Adaptamo-nos ao meio, aos outros, a nós, a... tanta coisa! O ser humano talvez seja dos animais mais moldaveis, adaptaveis. Só que às vezes deixa-se tolher pelo medo, a vergonha, o não querer.  

 
Nesse livro de folhas brancas e vazias, fui desfiando considerações, falando a propósito e a despropósito de mim.
Num acto corajoso (sem falsas modéstias acho mesmo que se trata de um acto corajoso) decidi dar aos outros este pedaço de mim, transferindo para aqui algumas das coisas que aí escrevi.
Este blogue surge no meio de um turbilhão de emoções!
Humor bipolar oscilando entre a gargalhada e as lágrimas, entre os dias de encontro e os dias em que me sinto perdida, dias cheios e de vazio.
Bem vistas as coisas, toda a minha vida é assim! Turbilhão de emoções, dualidade Geminiana, temperamento complexo (mas ainda assim adocicado... novo ataque de modéstia).
Posto isto, eis o desafio: Adapta-te! Toma a tua folha de papel vazia e vive uma história que valha a pena escrever!

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Deixa que a vida te despenteie...


    Alguém disse um dia que "O que é realmente bom dessa vida, despenteia".
Será que o meu habitual estado de descontrolo capilar é proporcional à intensidade com que vivo?
Será que ainda que o meu cabelo seja domado, o meu estado despenteado se mantem cá por dentro?
É bom ou mau este estado despenteado constante?
Não sei responder!
Sei que esta exterior e interiormente despenteada que vos escreve, tenta fazer com que todos os dias valham a pena. Todos os dias! Os certos, os errados, os ensolarados e os chuvosos. Sem uns não conhecemos a importância dos outros, não lhes retiramos lições, não... vivemos de verdade!
Querem um conselho? Mesmo que o cabelo não vos permita viver despenteados por fora, despenteiem-se por dentro! Vale a pena! :)