segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Um “rapaz” sempre cheio de pressa!

Acontece-me, por vezes, sentir uma vontade imensa de escrever!
Só que… abraçada a essa vontade vem uma falta de assunto, um vazio de ideias, um “que interessa o que escrevo?”
E o tempo vai passando sem que escreva uma linha!
O tempo… ora aí está um “rapaz” sempre cheio de pressa! Se ainda um destes dias deixei a adolescência, como é que já passou tanto tempo!?
O relógio continua a sua candência, marcando os segundos, os minutos, as horas, dando voltas e voltas aos ponteiros (Sou uma pessoa antiga! Gosto de relógios com ponteiros!)
Os dias continuam a ter as 24 horas do costume, os meses oscilam entre os 30 e os 31 dias e o Fevereiro continua a marcar pela diferença, mantendo-se mais curto que os outros, apresentando 28 dias durante 3 anos e 29 ao 4º.
Julho e Agosto mantêm o costume de se igualar em 31 dias de veraneio.
As estações continuam a ser 4! Em teoria… na verdade, em grande parte dos anos parecem só existir duas (Verão e Inverno). As mudanças são tão bruscas que, assim que largamos as lãs, a Primavera não nos dá tempo de usar a roupa de meia estação e aquece logo de repente e o Outono faz o mesmo, passando das alças para a gola alta num ápice!
E todos os anos terminam com o 12º mês: Dezembro! O mês de Dezembro é um mês triste, de tristes memorias, de tristes dias acinzentados ou gélidos!
Quando o calendário se aproxima deste mês, sinto um aperto no peito, uma nostalgia, uma saudade e um “não sei lá o quê” de coisas não sorridentes!
Dezembro é também um mês em que proliferam as festas, os jantares, os encontros, as palavras bonitas, os presentes trocados até com quem costuma ser mais ausente!
Dezembro enche a cidade de luz, aquece o coração das pessoas!
Como se, de repente, o mundo fosse um lugar muito bonito e todos fossemos muito bonzinhos!
Chego a pensar que, já que em Dezembro nos revestimos de um luminoso Espirito Natalício, em Janeiro podíamos arranjar um Espirito Janeirício, em Fevereiro, Fevereirício (esta é difícil de dizer!) e por aí adiante! Será que isto ficava mais prazeroso?
Não digo que o coração das pessoas não esteja mesmo quentinho e que as ações solidárias sejam uma farsa! Não é isso!
Em Dezembro há mais campanhas, mais apelos e todos sabemos que o estimulo é meio caminho andado para a mente humana funcionar!
Mas... parece que isto tem prazo de validade, não é? Somos bons e solidários em Dezembro e depois passa!  Ok, não passa! (vá, vamos lá ser simpáticos) Quem é bom e solidário, é sempre bom e solidário. Quem se “pinta” de bom e solidário, será sempre uma falsificação (contudo, e convenhamos, desde que ajude uma vez por outra, já não é mau de todo)!
Falando de Espirito Natalício: Também é em Dezembro que celebramos o nascimento de Jesus! Não levem a mal lembrar que é porque Jesus nasce que existe Natal! (só naquela do pessoal estar distraído)
As casas estão enfeitadas, as lojas são esvaziadas, comemos três dobros do que devíamos, há luz, muita luz (Às vezes demasiada luz! Há ruas que piscam e brilham e encandeiam e nos fazem duvidar de estamos no Natal Português ou, mal comparado, algures em Las Vegas!).
Desculpem ser desmancha prazeres mas a verdadeira luz tem de ser acesa dentro de nós! Sem isso, as 1000 luzes que piscam por aí são apenas… 1000 luzes a piscar por aí.
Digamos que o Natal é muito mais que isso!!! Muito mesmo!!!

Antes da divagação sobre os sentimentos confusos que nutro pelo o ultimo mês do ano, estava a falar de quê? Ah! Do tempo!

Pois o tempo… um “rapaz” sempre cheio de pressa!
Só Deus tem o poder da omnipotência e omnipresença!
A minha condição humana impõe limites e o meu tempo não é elástico e cada minuto tem 60 segundos e cada dia tem 24 horas como o de toda a gente.
A casa não está tão arrumadinha como a etiqueta supostamente manda e a pilha de roupa para passar a ferro está maior do que o que devia, admito! Digamos que se consegue evitar o caos.
O meu tempo é tão curto para o que gostaria de fazer!
Há que optar, gerir e orar para que tudo se conjugue e eu consiga dar tempo aos outros!
Tempo para os abraços, os beijos, os silêncios, os borborinhos!
Tempo para ser! 
Acho que é isso: procurar dar mais tempo ao ser do que ao ter.
O "ter" é necessário (claro) mas o" ser" é imprescindível e urgente!

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