quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Silencio

E de repente tudo se silencia…
A cor dos dias;
A luta das horas;
A esperança de que melhores momentos virão.
Tudo de silencia!
Os teus olhos já não me olham;
Os teus braços não voltarão a abraçar-me;
O calor fugiu do teu corpo e levou com ele a vida!
Perco-me no choro do sentimento de vazio…
Volto a olhar-te, uma e outra vez
Que faço? Porque choro?
Ah tu…
Sempre a ensinar-me como devo ser!
Nem agora és triste, nem agora que tiveste de ir!
Sorris!…esboças um sorriso na hora da partida!
Quero acreditar que esse sorriso me quer mostrar que partes em paz, agradecida pelo que viveste, mesmo depois da dura batalha que tiveste de travar contra um inimigo traiçoeiro, cruel!
Esse sorriso…
Pena que não possa transformar-se numa alegre gargalhada!
De repente, tudo se silencia!
Não procuro porquês, não alimento revolta!
Vivo a saudade!
Uma saudade grata por te ter! Sim, por te ter!
Por mais longe que estejas da vista (e maior lonjura não pode haver) nunca estás longe do coração!
Sinto-te presente em cada pedaço da minha felicidade, em cada segundo dos meus dias!
Vivo numa saudade grata por te ter! Uma enorme, uma imensurável saudade!
E de repente tudo se silencia!
Tudo menos o meu amor por ti!

À minha mãe
1942-1994

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