quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Vinte?

Como podem passar tão depressa vinte longos anos?
Como posso estar há vinte anos sem ti estando tu sempre comigo?
Porque me confortas e sorris mesmo sabendo que os olhos não voltarão a abrir-se?
Como consegues continuar a dar-me lições de vida apresar do teu corpo sem vida?
Porque sinto esta presença constante de uma saudade imensa?
Como podem vinte anos ter mantido tudo tão atual?
Porque tenho de me conformar com o inconformável?
Porque continuo à espera, mesmo sabendo que não voltas?
Se nada fez nem faz sentido, porque continuo a querer respostas?
Se sei que não vou ter respostas, porque insisto nas perguntas?
Haverá algo nestes vinte anos, noutros vinte passados e nos vinte que hão-de vir que não seja questionável?
O amor!
O nosso amor nunca foi nem será questionado!
Porque é imenso e infinito!
Porque é passado, presente e futuro!
Porque o amor és tu!



Mãe...
22.02.1941 - 18.12.1994

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