sexta-feira, 19 de setembro de 2014

O nosso tesouro!

Quando um sorriso se apaga, o mundo perde um tesouro.
Na correria dos dias, em que nos queixamos não haver tempo para nada, perdemos horas de sorrisos por coisas que, bem pensado, não têm importância nenhuma!
Se na correria dos dias conseguirmos parar um pouco para pensar, depressa concluímos que a maior parte das coisas que no momento consideramos uma tragédia, mais tarde se revelam um “nada”!
Talvez faça parte da condição humana ser assim: criar um castelo de problemas onde deveria estar uma palete de cores.
O mais estranho é que, muitas vezes, recusamos olhar de frente os problemas que existem (porque existem e todos os temos). Tapamos os olhos, viramos as costas, arranjamos justificações e culpados. É da falta de chuva ou do excesso dela, do sol que queima ou se ausenta, o vento contrário, o mar revolto...
Estamos sempre insatisfeitos, zangados com a vida!
Às vezes parece que nos afundamos em problemas de lana-caprina por falta de problemas a sério! É que quando estes nos aparecem... ah... a realidade ganha outra dimensão!
A vida é uma dádiva tão grande! Se a temos e se passa tão rápido, porquê perder tempo?
Viver!
Apaixonadamente!
Com tudo a que temos direito!
Com um amor enorme e responsavel pela pessoa humana, amor próprio e amor ao outro!
Cometer excessos? Claro! Excessos que não nos destruam, minimizem, anulem!
Excessos que elevem quem somos!
Viver com um sorriso! Sorrir atrai outro sorriso e outro e outro! Sorrir é contagioso!
Deixemo-nos contagiar! Sejamos portadores do bem que um sorriso comporta.
Na correria dos dias, em que nos queixamos não haver tempo para nada, encontremos tempo para sorrir!
Quando um sorriso se apaga e o mundo perde um tesouro, a correria abranda, o choque faz-nos pensar e relativizamos as nossas “tragédias” diárias!
Um sorriso não faz desaparecer uma agrura da vida, mas torna-a certamente menos áspera, menos castrante!

Aprendamos com a partida a importância da presença!
Viver e saborear o que se tem, quem se tem!
A vida é uma dádiva tão rica mas tão breve!

Aprendamos com quem nos oferece uma cara alegre, uma palavra bem-humorada, um passo de dança ou um momento de quietude!
Viver!
Apaixonadamente!
Com tudo a que temos direito!

terça-feira, 2 de setembro de 2014

Férias grandes

No tempo em que era “estudante profissional” havia um período no ano a que se chamava “férias grandes”!
Eram grandes mesmo! Começavam em meados de Junho e iam até meados de Outubro.
Às tantas tínhamos saudades da azáfama da escola, dos colegas, dos intervalos, das aulas (destas menos…) e ficávamos fartos de estar em casa.
O tempo passou e as férias foram ficando mais curtas.
Na faculdade há exames até Julho, por vezes tem de se voltar a ser examinado em Setembro, o que deixa livre apenas o Agosto (que de devia aproveitar para estudar para Setembro, coisa que ninguém faz).
Quando começamos a trabalhar, o conceito de “férias grandes” ganha todo um novo significado!
Tudo muda!
Trabalhamos todo o ano a pensar em duas ou três semanas de descanso.
A ansiedade aumenta à medida que a data se aproxima.
Fazemos planos, traçamos destinos e depois, sem saber como, o tempo passa tão depressa que quase não damos conta!
É muito bom ter para onde voltar, mas o primeiro dia custa sempre.
Vamos e voltamos e a ideia com que ficamos é que o tempo ficou em stand-by durante a nossa ausência.
Ao fim da primeira semana, já as férias parecem algo ocorrido num passado longínquo.
Na verdade, as “férias grandes” não são assim tão grandes!
Creio que posso dizer sem vos fugir com a verdade, que as minhas “férias grandes” tiveram momentos sem medida, dos que perduram no coração, nos fazem pensar no que realmente importa e nos enchem de sorrisos!
Não podemos mudar a duração dos dias, mas... as minhas foram mesmo umas férias enormes!!!  J