sexta-feira, 7 de março de 2014

Olhar para dentro.


Olhar para dentro...
Quantas vezes me atrevo?
Sim!
Quantas vezes me atrevo a olhar para dentro?
Olhar-me olhos nos olhos, descobrir em que penso e no que verdadeiramente sinto, sem medo do que vou encontrar.
Tendo a manipular o pensamento e o sentimento para pensar e sentir o que devo e não o que quero.
O que me forço a pensar e sentir vai condicionar o que digo e faço...
Não! não estou a falsear o meu "eu".
Estou só a ser quem devo. Se quero ser essa pessoa? Quero! Essa pessoa sou mesmo eu de verdade, não estou a fingir!
Agora... eu também estou na gargalhada mais alta, no corar com um piropo ouvido ou dito, no chorar de paixão ou de raiva, no canto, no movimento, no grito ou nos silêncios, no descontrolo...
Quando realmente penso e sinto o que penso e sinto, aí também estou eu.
Qual dos dois é mais genuíno? O "eu" racional ou o "eu" mais emotivo?
Só tenho uma resposta: ambos!
Estamos na Quaresma: tempo de "olhar para dentro", refletir, silenciar ruídos!
Só silenciando cá dentro é possível ouvir os sons que vêm de fora... é tão enriquecedor misturar o que temos com o que apreendemos!
Shhh! Silencio! Escutar! Escutar-se! Será que vou conseguir?
Na Quaresma também é tradição não comer carne à Sexta-Feira. (Sabem porquê? Se não, tentem saber. É interessante! Não, não vou contar! Trabalho de pesquisa, meus amigos!)
Uma boa forma de olhar para dentro pode passar por aí, pelo que comemos. Em vez de torcer o nariz ao peixe porque o que estava a apetecer era um bife com batatas fritas, dê-mos graças a Deus por termos opção de escolha, por termos alimento!
Olhar para dentro: podemos até ter receio do que vamos encontrar mas vale a pena!
Hoje, isto que escrevo faz todo o sentido na minha cabeça.
Amanhã?
Talvez nem saiba porque o que escrevi.
Mas não me importo!
Olhei para dentro!